Vestuário no tempo de Jesus

As pessoas simples, do povo, no séc. I, tinham uma túnica feita de lã ou uma pele de ovelha. A peça de roupa entrava pela cabeça e cobria o corpo todo até aos pés.
Só os nobres e ricos possuíam bons e nobres tecidos e agasalhavam-se com vestes mais quentes.

O que nós precisamos para representar a Paixão de Jesus é de uma túnica, simples, de cor (castanho, verde, azul, preto, laranja, etc). Só Jesus deve vestir de branco. O Sacerdote, para além da túnica, deverá cobrir-se com um manto, pois é uma personagem com prestígio na sociedade de Jesus.
O decote da túnica pode ser em bico ou em redondo, suficientemente larga para quem a veste meter facilmente a cabeça. Podem colocar um pequeno fecho eclair, se o desejarem. O cinto é feito com um resto de tecido, que pode ser da mesma cor da túnica; pode ser estreito ou em género de faixa.
Obrigado aos alunos pela disponibilidade e entusiasmo com que aceitaram esta proposta e muito obrigado aos pais (em especial as mães) que vão fazer as vestes. No final de Eucaristia, podemos oferecer as vestes à paróquia e, assim, nos próximos anos teremos o material necessário para estas representações.

Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
(Carlos Drummond de Andrade)